Da sua posição, considera que estamos em um momento em que qualquer criativo ou agência pode conseguir tudo aquilo que se propõe. Contamos com as inovações tecnologias necessárias, com a mídia e a capacidade, só falta concretizar a ideia que temos em mente.
A história de um sucesso. Tham Khai Meng, Chief Creative Officer Global da Ogilvy & Mather, chegou ao El Ojo de Iberoamérica 2014 com sua conferência “Lembram-se da era dourada da publicidade? Ela acaba de llegar” para contar como sua agência realizou uma mudança de mentalidade em 2009 e se propôs a ser a número um do mundo todo, quando naquele ano ocupava o quinto lugar, atrás de outras redes como Leo Burnett, TBWA e BBDO.
“Michael McLaren (Manager da banda Sex Pistols), disse uma vez: é preciso fracassar miseravelmente para alcançar o sucesso”, expôs Khai, como critério fundamental para essa nova etapa que decidiu impulsionar cinco anos atrás. As mudanças não ocorrem da noite para o dia e, por isso, o CCO da O&M Worldwide incentivou todos os escritórios da rede a despertar e começar a fazer melhor trabalhos e a criar ideias que conectassem diretamente a mensagem com o coração dos consumidores.
“Tínhamos que acordar um gigante que estava dormindo”, descreveu o criativo. E este “balde de água fria” foi conseguido através da cultura, ou seja, por meio de uma nova marca criativa chamada “pervasive creativity” (criatividade onipresente) que possibilitava o desmoronamento de todas aquelas barreiras que impossibilitavam a circulação fluída das ideias. “Todos nós somos criativos, basta encontrar este espírito dentro da gente”, completou Khai. A iniciativa, no entanto, não se expandiu somente entre os diferentes escritórios da companhia, mas também envolve os clientes, porque o objetivo foi e é criar um ecossistema criativo.
No caso específico da América Latina, Khai comentou que em 2009 convocou todos os líderes criativos da região, entre eles Gastón Bigio, Anselmo Ramos, Marcos Golfari e César Agost, entre muitos outros, para potenciar todo o caudal criativo dos países latinos, que não tinha sido totalmente desenvolvido. O resultado pôde ser visto, por exemplo, na eleição da Ogilvy como Melhor Rede do Ano em Cannes 2012, 2013 e 2014. No entanto, o líder criativo da Ogilvy destacou que a pervasive creativity teve que ser adequada a cada país e região em particular, porque em alguns foi se desenvolvendo lentamente e em outras mais rapidamente.
A base de sua conferência foi o storytelling e o poder do mundo da imaginação que permite conseguir qualquer coisa, ou seja, tudo aquilo que um criativo ou una agência se proponha, pode se concretizar. Todos têm os meios e a capacidade para fazê-lo, só precisa de coragem e tenacidade. É por isso que, segundo a visão de Khai, a era dourada da publicidade acaba de começar.