Em uma entusiasmada palestra por Skype, Nizan Guanaes, Sócio e Fundador do Grupo ABC, falou sobre a necessidade de repensar o modelo de remuneração das agências na América Latina e a importância de se respeitar os aspectos culturais locais no processo de construção de marca.
Impossibilitado de chegar a Buenos Aires por problemas com o trânsito em São Paulo, Nizan Guanaes, Sócio e Fundador do Grupo ABC, deu sua conferência por Skype, a primeira do segundo dia do Ciclo de Conferências do El Ojo 2015. Apesar da distância, Guanaes conseguiu contagiar a assistência com uma palestra focada em dois temas centrais: a defesa de uma melhor remuneração para as agências de publicidade e a importância da valorização dos aspectos culturais locais nas campanhas publicitárias de construção de marca.
“Na América Latina, falamos muito pouco sobre o negócio da publicidade. A juventude tem que se envolver nesta discussão, uma remuneração adequada pelo que faz”, afirmou o empresário, em seu escritório em São Paulo. O eixo central de seu argumento foi a fortaleza do mercado brasileiro, que pratica um modelo de remuneração diferente do resto da América Latina. No Brasil, a área de mídia fica dentro das agências, que cobram comissões segundo a quantidade de espaço que compram nas mídias. “O Brasil não seria a potência criativa que é hoje, se não tivesse leis modernas que protegem o negócio da publicidade”, afirmou.
Nizan depois fez uma crítica aos anunciantes. “Não é possível que os clientes exijam cada vez mais, pagando cada vez menos. É importante refletir sobre este assunto. Vejo que está na moda o termo plataforma. Tudo é plataforma, mas quero que a gente fale também de plata”, reforçou, arrancando gargalhadas do público.
Várias foram suasueron sus frases de impacto a lo largo de la charla: “Veo a la publicidad como un showbusiness y sin business no hay show”; “Me parece fantástico los festivales que celebran la creatividad y la nuevas maneras de hacer este negocio, pero también debemos aprovechar esos foros para debatir el tema de la remuneración”; “Soy fundamentalmente un redactor y entiendo mucho del mundo digital. La publicidad puede ser offline online, lo que no puede ser es offmoney”; “Generar dinero solo para otros es un modelo muy raro. Rechazo el trabajo esclavo”; “Pregunten a sus madres, a sus esposas si ellas están de acuerdo con que te remuneren mal en su trabajo”; “Estoy creando una canción para el Grupo ABC, que es un rap y que dice así: I love Monday and I love Money. Si vamos a generar cosas tan relevantes y construir marcas, es importante que nos enriquezcamos también”.
Para finalizar, Guanaes habló sobre la importancia de valorarse la cultura local a la hora de construir las campañas. “Todas mis creaciones siempre tuvieron la intención de hablar a los brasileños y respetar esta cultura, nunca algo pasteurizado para ganar premios en Cannes”.
En el cierre de la charla, el momento más divertido. Guanaes pidió a todos que se levantaran y repitieran en unísono: “I love Money, I love Money”. Al final, los aplausos y la risa del público compensaron su ausencia física en el escenario de El Ojo.