“Minha história é melhor que a história de todos os outros” foi o título de sua conferência, em um auditório repleto de espectadores que foi partícipe de um novo modelo baseado na relevância dos insight locais, em relação aos gerais e globais.
Do particular ao geral. Este conceito poderia sintetizar a conferência “Minha história é melhor que a história de todos os outros”, oferecida por Luis Silva Dias no El Ojo 2014. Em um auditório repleto, expôs a importância das pequenas histórias, das que vivem as pequenas pessoas, mas que emocionam de forma global. No entanto, isto não foi sempre assim na publicidade. Antes, as marcas falavam de si mesmas, “olhavam o próprio umbigo” como afirmou Silva Dias, mas perceberam que as mensagens que transmitiam não tinham nenhum impacto nas pessoas.
O verdadeiro compromisso com as pessoas – mais que com os consumidores- se consegue com histórias que interpelem suas emoções, suas vivências e, também suas necessidades. De acordo com o Diretor Global da FCB Internacional, as histórias genéricas não têm nenhum sentido. Ou seja, não adianta criar uma campanha global somente para revelar um determinado produto. O verdadeiramente relevante surge a partir do componente local, daquilo que caracteriza cada uma das regiões e países.
Neste panorama, são justamente as pessoas, as donas e condutoras das mensagens da marcas. Tal como indicou Silva Dias sobre o palco:“85% do que uma marca dizia estava nas mãos de uma agência, hoje isso se reduziu a 15%”. Mas não se trata de segmentar e dividir as tarefas, mas sim de trabalhar em conjunto, de dar importância àquilo que os consumidores pensam e transmitem.
E para ser relevante, é preciso captar a atenção das pessoas. Isto conduz diretamente o conceito da “humildade”, porque as agências e as marcas se veem obrigadas a deixar de lado a comunicação unidirecional que vinham aplicando. Então, uma marca é relevante se tem um lugar de importância dentro da vida das pessoas e, para isso, é preciso escutar e dar lugar a essas pessoas.
Já no fim da palestra, Luis Silva Dias marcou uma clara divisão entre “história e publicidade”, porque hoje o objeto da comunicação passa pela interação e por gerar um compromisso verdadeiro com os consumidores – ou pessoas-. E isso se consegue transmitindo mensagens relevantes. “A comunicação foi inventada por gente que tinha vontade de contar histórias”, foi a frase escolhida pelo Diretor de Criação Global da FCB Internacional para encerrar seu discurso.