Na sua conferência “Os três elementos imprescindíveis de uma agência digital”, expôs as iniciativas que as companhias deveriam desenvolver em um novo ecossistema marcado por consumidores pouco submissos e um debilitação do conceito de “processo de compra”.
O último dia do El Ojo 2014 esteve marcado pela palestra de Gustavo Buchbinder, Presidente e Fundador da WebAr. Durante 1 hora, o executivo apresentou no palco “Os três elementos imprescindíveis de uma agência digital”, e descreveu a mudança comunicacional por que passa a que vive a indústria publicitária hoje, o que não somente afeta consumidores e agências, mas também os produtos dos anunciantes.
“Não podemos esquecer o processo de compra. Antes, Print e Televisão lideravam o panorama, mas hoje os máximos influenciadores são Youtube, Facebook e as diferentes páginas web”, destacou Buchbinder, conceito que especificou por meio de um exemplo: “85% das pessoas que querem comprar um carro, primeiro vão no Google para perguntar se a marca é boa ou não”, disse Buchbinder.
Retomando o conceito de “influenciadores”, o executivo mencionou o semiologista argentino Eliseo Verón para deixar claro que hoje “temos que ver as coisas de outra maneira”, porque a atenção já não se concentra exclusivamente na mídia massiva de comunicação, mas também em diferentes personalidades com milhares de seguidores nas redes sociais, como Twitter ou Facebook, personalidades que não são as clássicas “celebrities” dos 90.
Não é uma tarefa fácil a das agências hoje. É certo que as plataformas digitais permitem um contato direto com os consumidores, mas isto gera suas implicações como, por exemplo, “sobreviver ao skip dos cinco segundos em Youtube”. Para solucionar este obstáculo, o Fundador da WebAr destacou que as mensagens têm que estar dotadas de “content market”, porque isso permite contra-arrestar não apenas as respostas negativas dos consumidores nas redes, mas também captar sua atenção antes que “saltem” a publicidade em Youtube.
Neste ecossistema, o consumidor deixou de ser submisso e passivo –tal como ocorria nos anos 80 ou 90 quando o modelo comunicacional unidirecional era o que prevalecia – Hoje, questiona todo e, além disso, pode expressá-lo e escrevê-lo em diferentes mídias como, por exemplo, blogs, tweets, comentários em Facebook ou em páginas especializadas como a Trip Advisor.
Segundo Bunchbinder, os três elementos chave de uma agência digital, nas palavras de Buchbinder, são: “Intuir para onde vão o mercado, os consumidores e a criatividade; Segundo, o processo de compra e a compreensão de como fazer chegar ao consumidor o produto que está buscando. E, por último, ter a inteligência para colocar o conteúdo no lugar onde os consumidores estão”. Mais ainda falta um desafio: criar valor, ou seja, dar ao consumidor algo mais do que um produto.